Após confirmar que uma foto do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que circula desde às 15h é verídica e dizer que o vazamento não prejudicou o andamento da prova, o ministro Abraham Weintraub afirmou que vai "escangalhar ao máximo" a vida de quem publicou a foto. Em entrevista coletiva após a prova, ele disse ainda que quer fazer a pessoa se arrepender "amargamente de um dia ter vindo ao mundo." "Eu sou a favor de que uma pessoa que é um transgressor pague o preço da transgressão dela. Eu sou uma pessoa que acha que as punições no Brasil são leves. Vamos atrás de absolutamente tudo", afirmou Weintraub.
O exame teve 5,1 milhão de inscritos neste ano. O MEC afirmou, todavia, que 1,2 milhão — ou seja, 24% dos candidatos — não compareceu neste domingo (3). O índice de abstenção é similar ao observado no primeiro dia de prova do ano passado, quando 24,9% dos inscritos deixaram de fazer a primeira etapa do exame. Durante o pronunciamento, o ministro também afirmou que 376 participantes foram eliminados em todo o país por descumprirem regras do edital.
"Tudo segue normal" Mais cedo, logo após o vazamento da prova nas redes sociais, Weintraub afirmou que a divulgação da imagem enquanto os candidatos ainda faziam a prova não prejudicou o andamento do exame. "Tudo segue normal", avaliou o ministro. "Todos os procedimentos já haviam sido realizados, de segurança, a prova já havia sido distribuída e alguém tirou uma foto e colocou nas redes", disse em um vídeo publicado na sua conta do Twitter. "Agora a Polícia Federal vai identificar essa pessoal responsável e vai tomar as devidas providências legais contra ela", completou o ministro. Ele afirmou que se suspeita que o vazamento tenha ocorrido em um local de prova em Pernambuco.
Ministro falou em mais rigor com eletrônicos Ontem, o ministro havia reforçado, em cadeia nacional de TV, que endureceria o rigor quanto ao uso de equipamentos eletrônicos no Enem deste ano. Os candidatos seriam eliminados até mesmo se o celular guardado em envelope lacrado emitisse algum som durante a prova. Hoje, ao menos um candidato burlou as regras de segurança, não entregou o aparelho para os fiscais, tirou-o no meio da prova, fotografou o exame e postou a imagem na web. Com acesso à internet, pode ter ainda consultado respostas às perguntas. Mas o Inep, órgão vinculado ao MEC e responsável pela prova, corroborou a posição do ministro e afirmou que "todos os participantes.
Fonte: UOL